quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ENQUADRAMENTOS PARA UMA BOA FOTOGRAFIA

Se você souber fazer um bom enquadramento, as fotos irão melhorar em 60%. Aqui vão algumas dicas. Já adianto que não sou profissional e acredito que esteja faltando aqui algumas coisas. Contudo, se você entender e praticar o que está escrito aqui, já vai ser o suficiente para suas fotografias melhorarem e muito.

1 – Em primeiro lugar é importante definir um assunto. Fotos precisam conduzir os olhos para um ponto. Se você não deixa claro na foto qual o seu assunto, ficará uma foto dispensável. A primeira foto apresenta uma mata – não está claro o que se quer mostrar. Na foto seguinte, temos uma definição melhor com galhos em silhueta e o céu no fundo.

Foto sem assunto definido  Com assunto

2 – Evite enquadramentos que criem situações ridículas e impossíveis. Tirar uma foto num ângulo em que os fios da rede elétrica passam por trás da cabeça do seu modelo pode não ser uma boa idéia. Tudo aquilo que possa nesse sentido atrapalhar o assunto principal de sua foto deve ser evitado. Mulheres não ficam muito bem se as fotos forem tiradas de baixo para cima. Ficam parecendo mais gordas e elas não vão gostar. A foto abaixo exemplifica uma situação dessas. A pessoa do meio, colocou as mãos nos ombros dos dois amigos e ficou parecendo assim sem braços.

Homem sem braços

3 – Não desperdice os espaços. É muito comum as pessoas tirarem fotos horizontais de alguém, desperdiçando espaço em ambos os lados. Neste caso, seria melhor virar a máquina na vertical e tirar do corpo todo da pessoa. A primeira foto exemplifica o erro comum do desperdício de espaço. A segunda ensina o tipo de enquadramento melhor. Também se pergunte sempre antes de tirar a foto: será que posso chegar mais perto?

Espaço desperdiçado     Enquadramento correto

4 – Procure ângulos criativos. Quem não arrisca não petisca. Tente ângulos diferentes, faça experiências, não tenha medo de errar. Afinal, essa é a vantagem da foto digital. Errou apagou! O fotógrafo tem que ter sempre ousadia e boa vontade para experimentar algo novo. A foto abaixo é de uma escada, do ponto de vista do corrimão.

Escada

5 – Use a regra do ¼. Funciona assim. Divida a imagem em quatro partes (imagine as linhas no momento em que você for tirar a foto). Coloque então o assunto de sua foto em uma dessas partes. O resultado é que você terá uma foto dinâmica e não estática. Repare que a maioria das fotos profissionais usam desta regra. Note na foto abaixo que o cachorro está posicionado de acordo com esta regra.


6 – Aprenda a observar fotos de profissionais e enquadramentos na TV. Procure ver como eles enquadram situações diversas ou paisagens. Repare que quando um ator olha para a esquerda (por exemplo) a câmera sempre deixa mais espaço horizontal na direção do lado em que ele está olhando. Quando eles querem deixar um ator mais alto, filmam o mesmo por baixo e os outros atores por cima. Sim, Arnold Schwarzenegger e Hugh Jackman não são altos. Assista filmes que ganharam prêmios de melhor fotografia. Dicas? “Lawrence da Arábia” – as fotografias do deserto deste filme até hoje não foram superadas por nenhum outro. “Era uma vez no Oeste” – repare como Sérgio Leone trabalha os closes.

7 – Quando for cobrir fotos de um evento varie os planos. Tire várias fotografias no plano geral, cobrindo o evento como um todo. Depois passe para as não tão específicas, mas não tão gerais, usando o médio plano. Após isso, cubra os detalhes, usando closes e o zoom, revelando agora os detalhes.

8 – Valorize as linhas e padrões. Uma estrada, uma cerca que some ao horizonte, um prédio. Bancos enfileirados. Tenha um olho sensível para observar padrões e captá-los com sua câmera. Valorize a simetria, especialmente em construções. Mesmo o caos apresenta certa ordem, dependendo de como você tira a foto. Madeira, verniz, pedras podem formar belas texturas. Portas, colunas e portais foram belas molduras para suas fotos.

Valorize linhas e padrões

9 – Valorize as cores. Certas cores saem melhor nas fotos, especialmente se você ainda não tem uma máquina digital. Filmes de diferentes marcas captam melhor diferentes cores. Valorize o azul, o verde e o vermelho. Repare como os profissionais valorizam e enfatizam estas cores. Elas saem bem em qualquer foto! Quando for tirar fotos de crianças, por exemplo, peça para que as mesmas se vistam com roupas de cores sólidas.

Valorize as cores

10 – Pôr-do-sol – Para evitar uma cena estática, enquadre o horizonte em cima ou ou embaixo. Evite o horizonte no meio!

Evite fotos estáticas

Ok, é isso! Espero ter ajudado com o pouco que sei!


Retirado do Blog de Andrei de Almeida Barros

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Filtros fotográficos na Era Digital



Descrição de filtros usados na fotografia, conselhos práticos e recomendações. Uma abordagem técnica e prática pelo fotógrafo de natureza Hélio Cristóvão.
Acrescente mais ao que sabe sobre filtros fotográficos com este artigo, com as seguintes questões-chave:
» Devo utilizar filtros UV/Skylight para proteger a lente da objectiva?
» Filtros de densidade neutra, incluindo gradientes – mude as regras da exposição!
» O Polarizador explicado.
» muito, muito mais.
Uma boa frase que descreve o uso de filtros em fotografia provém do fotógrafo Thom Hogan, que passo a citar:
Os filtros são úteis. Ou inúteis. Apenas depende da finalidade para a qual os está a usar.
Esta sentença resume bem a abordagem ao uso de filtros que o leitor conhecerá nas próximas linhas. Então o que se passa afinal no mundo dos filtros na era digital? Quando se deve utilizar certo tipo de filtros, quais os efeitos e as possibilidades? Qual o filtro a usar para protecção das suas lentes?
Uma regra que estabeleci na minha fotografia é: quanto menos vidro colocar à frente do meu bom vidro de lentes, melhor. Ou então coloco à frente bom vidro também. Na era digital de fotografia, o uso de filtros para correcção de dominantes do cor, equilíbrio de tons, e resumidamente todos aqueles que não interferem no efeito estético da composição – tal como controle de velocidade de obturação ou polarização – sofreram um decréscimo de utilização.

“The Outer Realm (A Outra Dimensão)”
Cabo da Roca, Setembro de 2008. Entardecer aproximando-se a hora de Pôr-do-Sol, trabalham-se longas exposições numa composição simples com dinâmica
12-bit RAW – 13mm/15mm (APS) f/22 4seg. e 1seg. ISO100 (temp. côr a 5900K)
Duas interpretações muito distintas da mesma cena, enquadramento ligeiramente diferente. Exemplo de utilização de filtros gradientes – a utilização de dois filtros sobrepostos, somando 5 pontos de exposição a menos ao céu (filtros esses que “deveriam” ser de densidade neutra) mas por outro lado permitem obturar a menor velocidade e transformam o céu com coloração.

O Filtro UV e Skylight
Apesar de não ser visível ao olho humano, o sensor digital, ou a película da sua máquina fotográfica, são muito sensíveis à radiação Ultra-Violeta, responsável por dominantes de cor azulada em fotografia feita com luz Solar no exterior, ou perda de alguma definição por existência de neblina distante, frequente em cenários de montanha.
Embora a quantidade de radiação UV existente na atmosfera seja pequena relativamente ao espectro de luz visível, em cenários de neve, areia clara e água (paisagens com mar, lagoas e rios), deve ser utilizada filtragem UV, pois estes elementos reflectem intensamente raios nesta gama de radiação, por vezes com resultados que podem ser indesejáveis na fotografia.
Um bom filtro UV deve ser transparente à luz visível, e partindo deste princípio, poderá ser utilizado na maioria das suas fotografias, motivo pelo qual, aliado a um custo relativamente baixo, é utilizado normalmente como filtro protector de lentes.
O filtro Skylight é uma versão “colorida” do filtro UV, pois apesar de filtrar essa radiação, é geralmente dotado de uma pequena coloração rosa ou amarela para proporcionar tons ligeiramente mais quentes, cortando algum excesso de azul tendencialmente mais forte no céu.
Considerações sobre estes filtros:
- não alteram a exposição;
- possibilitam o controle de tons azuis do céu;
- filtram raios UV mas toda a luz visível deve passar;
- certos fabricantes de filme defendem que película mais moderna não é sensível à luz ultra-violeta;
- filtros devem ser revestidos (‘multicoated’) para prevenção de reflexos e melhoria de contraste e definição, sobretudo na presença de fonte de luz forte ou em contra-luz (exemplo: frente ao Pôr-do-Sol);
- recomendados filtros de pequena espessura (3mm, exemplo Hoya Pro1D), sobretudo em objectivas ultra grande-angulares.
O Filtro Polarizador Circular

Antes de falar sobre o filtro polarizador, é importante uma breve introdução sobre a luz no domínio da física, para melhor compreender a utilização deste filtro.
A luz é constituída na sua essência por partículas elementares designadas fotões, que se propagam no espaço sob a forma de ondas electromagnéticas. Como radiação electromagnética, a luz tem três propriedades físicas básicas, sendo elas a amplitude (brilho), frequência (côr) e polarização (ângulo de vibração). A polarização da luz ocorre quando esta radiação, que se propaga no espaço tridimensionalmente (em todas as direcções), ao incidir numa superfície plana, se propaga em apenas um plano, devendo-se este efeito à capacidade refractora entre materiais diferentes – atmosfera e água, por exemplo.
O filtro polarizador tem a capacidade de deixar atravessar toda a luz tridimensional “pura” que oscila no espaço, mas atenuar selectivamente a luz polarizada que oscila entre planos do filtro. O filtro polarizador circular roda entre 2 anéis, alternando os planos onde atravessa luz, possibilitando o controle do efeito. Assim, rodando o anel para um plano diferente ao da luz polarizada, essa mesma luz será cortada/atenuada, sendo aplicado o princípio do ângulo de Brewster. O efeito do polarizador é potenciado em fotografia exterior com luz do Sol, fotografando a 90º do mesmo, ou seja, com o Sol à nossa direita ou esquerda (ângulos em que a luz é mais polarizada).


“Sanguine Water”, Parque Nacional Peneda-Gerês, Outono de 2009
Para obter esta imagem, foi utilizado o filtro polarizador de forma a minimizar o brilho da rocha que reflecte muita luz na película de água.
Em termos práticos, os efeitos do filtro polarizador traduzem-se no forte escurecimento do céu (onde este já é mais escuro, o céu é uma fonte de luz polarizada), controle ou eliminação de reflexos em superfícies como água e vidro, aumento de saturação e contraste aparente constituindo cores mais vivas e intensas.
Sempre que a água está presente, fotografando cascatas, em floresta, ou simplesmente uma folha, o uso do filtro polarizador, ao atenuar reflexos, transforma completamente as cores da fotografia. Mas à semelhança de qualquer outro filtro, a sua aplicação e o efeito estético que proporciona é uma decisão do fotógrafo.
Considerações sobre estes filtros:
- alteram a exposição diminuindo a quantidade de luz em média de 1 a 1,5 stop;
- podem interferir com a leitura de exposição (exposímetro da máquina fotográfica);
- quando usados em objectivas ultra grande-angular, testar o efeito de vinhetagem;
- não devem ser utilizados em fotografia de retrato – pele sem reflexos em tons tipo veludo;
- não controla reflexos em superfícies metálicas.
“Leaf Spine”, Pitões das Júnias, 2009
O uso do polarizador numa folha humedecida permitiu saturar cores tornando-as muito vivas

Filtro de Densidade Neutra
O filtro de densidade neutra (Neutral Density – vulgo “ND”) existe em dois formatos: circular de rosca, ou quadrado para sobrepor à lente, com ou sem suporte adaptador (como por exemplo filtros de série profissional 100x100mm).
O efeito é a redução de luz que atravessa para a objectiva, possibilitada por uma constituição de resinas (polyester) ou vidro de absorção, que corta luz na proporção da sua espessura. Há outra construção possível, sendo a combinação de vidro de absorção com revestimento de uma fina película metálica reflectora.
No primeiro caso, a atenuação realiza-se apenas no espectro de luz visível, existindo filtragem na gama UV, enquanto que no segundo, esse tipo de construção é mais permeavél a uma gama de luz mais ampla, incluindo raios UV, podendo desta forma promover melhores resultados na atenuação de luz.
Um bom filtro ND deve ser mesmo neutro, diminuindo luz em igual proporção para toda a gama visível. Por vezes os fabricantes não são muito explícitos quanto à constituição dos seus filtros de densidade neutra, mas por experiência própria, já utilizei filtros ND de igual intensidade, que embora sendo do mesmo fabricante, não facultam resultados consistentes, provocando dominantes de cor.
Estes filtros variam em intensidade de corte de luz desde 1 ponto de exposição (stop ou EV) até 4, 6 ou 8 pontos de exposição, sendo estes os mais utilizados. Existem no entanto filtros de densidade neutra mais “fortes”, entre eles o recentemente lançado em Março de 2010 pela Lee Filters – o “Big Stopper” (10 stop) – ou o disponível na Cokin, nº 156 (NDX), que corta 13 stop de luz!
A aplicação prática da diminuição da intensidade da luz traduz-se em maior flexibilidade na relação de abertura e tempo de exposição, independentemente de existir muita luz disponível. O objectivo é obturar em velocidades mais lentas, surgindo diversas aplicações possíveis:
- Fotografar com velocidade mais baixa com plena luz do dia possibilitando efeitos de arrastamento, em folhagem, água ou nuvens, entre outros motivos; Por exemplo, em condições de luz do Sol a meio do dia um disparo resulta em velocidade aproximada de 1/125s, no entanto, com filtro 1.2 (4 stop) reduz-se a velocidade para 1/15s, própria para causar efeitos de movimento de água numa cascata, por exemplo;
- Fotografia de retrato: quando há muita luz disponível, e mesmo assim se pretende fotografar com grande abertura, potenciando o desfoque de fundo na imagem, pode ser utilizado o filtro ND para minimizar o tempo de exposição e permitir a abertura necessária;
- Longas exposições em fotografia urbana/arquitectura: para evitar a presença de pessoas numa imagem de arquitectura ao fotografar, por exemplo, num local turístico, pode-se optar por uma exposição longa de vários segundos, o resultado é o desvanecimento de pessoas, que serão suprimidas na fotografia;
- Diminuição de luz em fotografia com flash com velocidades “baixas” de sincronização.
Mais considerações sobre filtros ND:
- máximo cuidado no manuseamento, pois riscam com facilidade;
- concebidos em vidro ou resina (polímeros), sem revestimento;
- O filtro na minha mala é de factor 1.2, absorvendo 4 stop de luz, e já me deixa uma margem de manobra considerável, mas pretendo a aquisição de um filtro de factor ainda mais elevado;
- nem tudo é perfeito no uso do ND, e caso o filtro não seja mesmo neutro, a sobreposição com outro filtro ND (gradiente ou não) confere à imagem fortes dominantes de cor, geralmente magenta.
“A Pedra Gigante”, Cabo da Roca, 2009
Com filtro ND de 4 stop, diminuo o tempo de exposição para 15” a f/22, sem filtro poderia expor durante apenas 1”, não obtendo o efeito de “movimento” nas nuvens
Uma tabela de conversão será útil ao leitor ao trabalhar com filtros ND em campo, na hora de calcular a exposição. Imprima esta tabela (clique para ampliar) e coloque-a no seu saco junto ao equipamento fotográfico.
   Autor Texto e fotografia : Hélio Cristóvão http://zoomfp.com/?p=57
    Email: nature.pt@gmail.com
    Twitter:
 @heliocristovao
    Facebook: facebook.com/heliocristovao
    Portfolio: 
Via PhotoPortfolios



terça-feira, 1 de novembro de 2011

AVIVAR AS CORES DE UMA FOTO



Boa tarde a todos aqui fica mais uma dica de como tornar uma foto mais bonita visualmente sem a tornar demasiado artificial.

Usei apenas o programa Photoscape
Adorei a foto pk as árvores tem uma cor deslumbrante e que na foto original parecem meio pálidas...

COMO FAZER?

... com o photoscape foi só colocar um pouco mais de CONTRASTE na Secção BRILHO COR.... e clicar no ALTO NÍVEL uma vez...............

Eu prefiro a segunda opção com a melhoria do programa que foi super simples............e vcs?


SALVAR UMA FOTO ESCURA

FOTO ORIGINAL

FOTO EDITADA


Foto de 
Jorge Alves

Mais uma dica de como salvar uma foto demasiado escura onde se perdem os detalhes devido á falta de luz.......

Programa Photoscape..........

Escolher a foto, e aplicar : CONTRA LUZ..... uma vez (se usarem muito fica um aureola em volta das coisas e fica feio)

Clicar em BRILHO COR onde podem aumentar um bocadinho o BRILHO E EXPOSIÇÃO.......

...... como podem ver é fácil recuperar todos os detalhes de uma foto escura e aparentemente sem grande detalhe.












quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Experiências com refracção


Um feixe de luz desvia-se ao passar do ar para a água e vice-versa. Este desvio deve-se a uma mudança na velocidade da luz ao passar de um meio transparente para outro e chama-se refracção da luz. Por isso é que quando mergulha um lápis num copo, parece que este se “parte”. Ou, se visto de cima, parece que fica mais pequeno. Desde o século 19 que se sabia que a luz é uma forma de onda que se propaga a alta velocidade. Mas esta velocidade depende muito do meio por onde a luz se está a propagar. No ar, a velocidade da luz é quase 300.000 Km/s. No interior de um vidro transparente reduz-se a uns “meros” 200.000 Km/s. É esta mudança de velocidade que faz o feixe de luz desviar-se ao passar do ar para o vidro.
Graças a isto, temos todo um potencial fotográfico à mão de semear. Recorrendo a uma lente macro, ou a um filtro ‘close up’, pode captar efeitos espectaculares. Uma flor fica extremamente bonita vista através de uma gota de água, por exemplo – obtendo-se uma imagem dentro de outra imagem.
Sabendo disto, tem todo um mundo para explorar. Para o nosso exemplo recorremos a umas pintarolas, caixa transparente de CD, fundo preto e “copo” feito a partir de uma folha branca. E para criar as gotas de água, pode usar uma seringa. Mas em vez de pintarolas, pode usar texto, um relógio, comida, ou flores.
Se, como referimos, resulta melhor com uma lente macro, ou com filtro close-up (muito acessíveis), pode testar com uma lente que foque relativamente perto. A nossa “brincadeira” foi feita com uma 17-50mm da Tamron e funcionou na perfeição.
Equipamento utilizado:
Canon 50D; Tamron 17-50mm 2.8 [Ideal com lente Macro
ou com filtro close up]; Tripé Slik Pro 330DX
Mais:
Caixa transparente CD; Folha branca; Cartolina preta (ou tecido); Seringa; Pintarolas; Flores
Dificuldade: Baixa
1Um tripé é (praticamente) essencial para conseguir bons resultados. Uma vez que vamos querer uma abertura pequena – de forma a obtermos grande profundidade de campo e uma imagem nítida -, a velocidade de obturação também será diminuta. Se usar uma macro, então qualquer tremedeira será exponenciada e o resultado será sofrível. Um comando remoto também será bem-vindo, embora se possa recorrer ao temporizador da máquina.
2As pintarolas são um bom motivo para este nosso artigo prático. E não estamos a falar no facto de as poder comer a seguir, mas sim pela variedade de cor disponível. Depois tanto pode usar um vidro, como recorrer à tampa de uma caixa transparente para CD, em plástico. Para colocar as gotas de água, tanto pode usar uma seringa (como foi o nosso caso), como um vaporizador de água.


3No fundo colocámos uma cartolina preta e para envolver as pintarolas fizemos um “copo” de papel branco A4, que também serve de apoio ao plástico da caixa de CD. Com cuidado, fomos colocando algumas gotas de água na tampa de plástico – cada gota cria uma refracção das pintarolas.
4Posicionámos então o tripé paralelo à área de trabalho para que fosse possível maximizar a profundidade de campo. Compusemos a imagem e passámos a focagem para manual, incidindo o foco para a imagem refractada com as pintarolas e não para as gotas propriamente ditas. Experimentámos com uma abertura de f/4, mas a profundidade de campo ficou “curta”, com a imagem a ficar pouco atractiva.

5Mudámos a abertura para uns mais “exigentes” f/13 para conseguirmos maior profundidade de campo. Como seria de esperar, a velocidade de obturação desceu drasticamente, pelo que tripé e comando remoto (ou temporizador) passam a ser essenciais. O resultado? Para nós, muitíssimo melhor. Temos as gotas nítidas, bem como um fundo muito mais colorido e contrastante. Só que, analisando cuidadosamente a imagem, notamos os riscos e sujidade da tampa plástica.
6Talvez não tivesse sido má ideia termos limpo a caixa de plástico antes de avançarmos, mas como o mal está feito, só nos resta eliminar algumas destas marcas num programa de edição de imagens (como Photoshop, por exemplo). Dá algum trabalho, mas também não é nada de muito complicado. Recorrendo à ferramenta de clonagem em pouco tempo terá a foto “limpa”. Depois aproveite para editar o resultado final, com toques nos níveis (‘Levels’), curvas, contraste e talvez um pouco de saturação.
RESULTADO FINAL
Artigo publicado na revista zOOm N.º 2

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Mar Nublado

                                                 Dica e foto de Marcos Santos Marques                                        
                                             Praia do Abano, Parque Natural Sintra Cascais. 

EXIF
4 sec. @ F/16 iso 100,


....esta foto tem duas nuances, primeiro fiz quatro fotos fui expulso deste local pelo mar. Segundo os 4 segundos de exposição permitiram o efeito fantasmagórico da água. Mas este simples aspecto pode ser controlado no sentido de obter o meio termo entre o riqueza do detalhe e o surreal. Quero com isto dizer que . Como temos um elemento em movimento, a água, a assertividade com que se executa a foto é fundamental. O pormenor é contar os segundos que a onda demora a percorrer a imagem. Começo a expor antes da onda entrar na imagem, de modo a que máquina consiga gravar o detalhe nas rochas, a onda só entra na imagem no último segundo dos 4. Quanto mais detalhe e textura a foto tiver mais interessante esteticamente será.

Panning


                                                                ( foto de Horácio Graça)

EXIF

                                                         Exp: 1/20 s  F: 9.0  ISO: 100
                                                         Modo: Prioridade à Velocidade
                                                         Compensação: -0,30
                                                         Distância Focal: 28 mm
                                                          Flash: Não
                                                          Data: 2011:07:17 09:29:49
                                                          Software: Adobe Photoshop CS5

Para dominarem esse tipo de efeito é preciso prática.
Tentem fazer isso em várias fotos. Testem com diferentes velocidades e acompanhando diferentes objetos.
O passo a passo:
  • Selecciona uma velocidade baixa. Assim vais conseguir uma exposição mais demorada o que te dá tempo suficiente para borrar uma parte da cena
  • Aponta para o seu assunto, que  se  move, e move a câmera junto com ele
  • Clica e começa a tirar a foto
  • Continua seguindo o assunto com a câmera!
  • A exposição irá terminar e, se tu conseguires seguir a velocidade do assunto com a tua câmera ele deverá ficar  nítido enquanto o fundo ficou desfocado. Essa é a parte que precisa de prática ;) porque não é fácil.